Apocalipse capítulo 5
1. O mistério do governo de Deus (5.1)
a. Mão direita — O fato de o livro estar na mão direita dAquele que está sentado no trono aponta para finalidade e propósito.
b. Um livro — O livro tem dois significados prováveis:

• Aponta para um testamento ou aliança — Era costume antigo antes da morte de alguém se escrever um testamento na presença de sete testemunhas que selavam o livro até a morte do testador. O testamento é a vontade do testador, mas, nesse caso, Deus, sendo o testador, não pode morrer e não foi encontrado ninguém digno de abrir o livro.

• É o livro do governo de Deus na história — A abertura dos selos nos mostra que o próprio Apocalipse é esse livro. Os sete selos são na verdade o conteúdo do próprio livro. Assim, podemos dizer que o livro, a redenção e os selos são o Livro do Apocalipse.

O fato de ser Cristo digno de abrir o livro mostra que, sem a redenção, a história é um enigma.

2. Ninguém foi achado digno (5.2-7)

O conteúdo do livro é a Nova Aliança. A Nova Aliança é um livro que aborda a redenção e o propósito de Deus para a Igreja, Israel, o mundo e o universo. Não achar alguém digno significa que não havia alguém apto para desvendar o mistério do propósito de Deus e realizar a redenção.

a. O Leão da Tribo de Judá (Gn 49.8,9) — O anjo falou do Leão, mas João viu o Cordeiro. Quando o Senhor é retratado como o Leão, o alvo é mostrá-lO como lutador forte contra o inimigo.

Para o inimigo Ele é o Leão, mas para nós Ele é o Cordeiro. Embora os anjos não precisem de redenção, precisam de alguém para derrotar o inimigo de Deus, pois um dentre eles tornou-se o inimigo de Deus.

Há dois problemas no universo: o diabo e o pecado. Como Leão, Jesus resolveu o problema do diabo; como Cordeiro, Ele resolveu o problema do pecado. Jesus tinha de ser o Leão-Cordeiro.

Judá, teus irmãos te louvarão; a tua mão estará sobre a cerviz de teus inimigos; os filhos de teu pai se inclinarão a ti. Judá é leãozinho; da presa subiste, filho meu. Encurva-se e deita-se como leão e como leoa; quem o despertará? (Gn 49.8,9)

b. A raiz de Davi (Is 11.1; Jr 23.5) — Em nosso conceito Ele é descendente de Davi, mas aqui se diz que Cristo é a raiz de Davi, indicando que Davi é proveniente dEle. Por outro lado a Bíblia também diz que Cristo é o renovo de Davi, indicando que Ele também veio de Davi.

Do tronco de Jessé sairá um rebento, e das suas raízes, um renovo. (Is 11.1)
Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, rei que é, reinará, e agirá sabiamente, e executará o juízo e a justiça na terra. (Jr 23.5)

c. O cordeiro como tendo sido morto — Quando João viu o Cordeiro ele havia acabado de ser morto. Isso indica que essa cena no céu aconteceu logo após a ascensão de Cristo.

d. Ele venceu — O Leão da Tribo de Judá venceu a satanás o inimigo de Deus. Ele removeu esse impedimento para o cumprimento do propósito de Deus.

e. Tendo sete chifres (Dt 33.17) — Os chifres representam força. O fato de serem sete representa a força completa ou plena. Embora seja um Cordeiro que fora morto recentemente, Ele possui a força para subjugar.

Ele tem a imponência do primogênito do seu touro, e as suas pontas são como as de um boi selvagem; com elas rechaçará todos os povos até as extremidades da terra. Tais, pois, as miríades de Efraim, e tais, os milhares de Manassés. (Dt 33.17)

f. Tendo sete olhos — São os sete Espíritos de Deus (Zc 3.9; 4.10). Os olhos de Cristo são para sondar e julgar. Eles são como faróis de carro, tudo o que olham eles também iluminam.

Os olhos são a expressão de qualquer pessoa, assim os olhos de Cristo O expressam. Sabemos que os sete olhos de Cristo são os sete Espíritos de Deus. Assim, o Espírito é a expressão de Cristo.
Porque eis aqui a pedra que pus diante de Josué; sobre esta pedra única estão sete olhos; eis que eu lavrarei a sua escultura, diz o SENHOR dos Exércitos, e tirarei a iniqüidade desta terra, num só dia. (Zc 3.9)
Pois quem despreza o dia dos humildes começos, esse alegrar-se-á vendo o prumo na mão de Zorobabel. Aqueles sete olhos são os olhos do SENHOR, que percorrem toda a terra. (Zc 4.10)

3. A adoração dos anjos no céu (5.8-10)

a. Com uma harpa e taças de ouro cheio de incenso — Nós substituiremos esses anciãos angélicos como sacerdotes e reis do universo.

O fato de terem as taças mostra que eles nos ajudam em nossas orações. Quando oramos de forma prevalecente, nossas orações enchem as taças. Depois disso, os anciãos jogam essas orações misturadas com incenso sobre a Terra. Então, há relâmpagos, vozes, trovões e terremoto.
Os anjos são mensageiros que executam as ordens de Deus, mas o trabalho deles depende de nossas orações.
Em seu cântico dizem “os” mostrando que não fazem parte da Igreja.

4. O louvor universal a Deus e ao Cordeiro (5.11-14)

Toda a criação, anjos, anciãos e seres viventes adoram ao Senhor Deus e ao Seu Cordeiro. Quando o Cordeiro toma o livro, “os milhões de milhões” cantam e proclamam em grande voz que Ele é digno de receber o poder, a riqueza, a sabedoria, a força, a honra, a glória e o louvor.

Pr. Marcelo Almeida

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